Sobre

“Projectos de arquitectura” é o tema da colecção de livros criada e editada por Nuno Miguel Borges. É um programa editorial que reúne arquitectos, arquitectos paisagistas, historiadores, arqueólogos, académicos, fotógrafos, designers, que, em conjunto, ajudam a conhecer e a compreender a história e o projecto de arquitectura retratado em cada volume.

Os livros têm sempre início com um texto histórico acerca do lugar ou da construção existente, de forma que se contextualize a intervenção contemporânea. A seguir, entrevista(s) com o(s) arquitecto(s), em que explica(m) o seu projecto e o trabalho realizado na sua concretização. Desenhos, análises ou depoimentos são capítulos que podem existir em alguns dos livros, dependendo da natureza e das pessoas envolvidas. Depois, um ensaio fotográfico da edificação do projecto: o antes, o durante e o depois, realizado por um fotógrafo com um ponto de vista distante do mero registo técnico. Por fim, e para fechar o livro, os desenhos técnicos.

Apesar da configuração comum, cada livro é único: o resultado específico das diferentes pessoas, do lugar e do projecto de arquitectura. Os livros são editados numa cadência lenta e em número reduzido, pois o tempo da edificação de um projecto de arquitectura é longo; e a edição de autor, uma tarefa com restrições naturais.

Autores

André Princípe

André Príncipe (Porto, 1976), vive e trabalha em Lisboa. Estudou Psicologia na Universidade do Porto, tendo-se formado em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, em 2001, e na London Film School/Fundação Calouste Gulbenkian em 2015. Expôs individualmente no Centro Português de Fotografia, CAV, Galeria Pedro Alfacinha, Centro Cultural Vila Flor, MAAT, Galeria Carlos Carvalho, Encontros de Imagem, Galeria Fernando Santos e Silo; e colectivamente em Londres, Madrid, Barcelona, Paris, Rio de Janeiro, Viena, etc. Tem onze livros publicados: Tunnels (2005), Master and Everyone (2009), I thought you knew where all of the elephants lie down(2010), Perfume do Boi (2012), Smell of Tiger precedes Tiger (2012), Tokyo Diaries (2014), You’re living for nothing now Book 1, 2, 3 (2016), Non-Fiction (2018) e Elephant (2019). É fundador e co-editor da editora de livros Pierre von Kleist editions. Realizou várias curtas e longas.-metragens.

João Gomes da Silva

João Gomes da Silva licenciou-se em Arquitectura Paisagista na Universidade de Évora em 1987. É Professor Convidado no Departamento de Arquitectura na Universidade Autónoma de Lisboa desde 2001 e na Accademia di Architettura Mendrisio desde 2006.Em 1987, fundou a Global – Arquitectura Paisagista com Inês Norton. Em 1990–1991, recebeu o prémio Schinkel, em arquitectura paisagista, com Inês Norton e João Mateus. O projecto «Espaços públicos da Expo 98» recebeu o prémio do Centro Português de Design em 1999. Em 2004, foi premiado com o Valmor e o Prémio Municipal de Arquitectura pela Câmara Municipal de Lisboa pelo projecto da Expo’98, em co-autoria com o arquitecto Manuel Salgado. No projecto Complexo das Salinas na Madeira, em co-autoria com o arquitecto Paulo David, recebeu, em 2007, o prémio FAD em arquitectura paisagista, o prémio Internacional da Arquitectura em Pedra, e, em 2008, o Prémio do Público na V Bienal do Paisagismo, em Barcelona. Em 2010, com a pista de ciclismo troço Belém-Cais do Sodré, em co-autoria com o Atelier P06, foi distinguido com os seguintes prémios: Red Dot – design Award; SEGD – Merit Award; D&AD-in Book e European Design Awards – Silver Award.

João Luís Carrilho da Graça

João Luís Carrilho da Graça é licenciado em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1977. Assistente na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, de 1977 a 1992. Professor na Universidade Autónoma de Lisboa, de 2001 a 2010, e na Universidade de Évora, desde 2005. Coordenador do Departamento de Arquitectura em ambas as instituições até 2010. Professor visitante da Escola Técnica Superior de Arquitectura da Universidade de Navarra em 2005, 2007 e 2010. “Chevalier des Arts et des Lettres” pela República Francesa em 2010, Prémio Pessoa em 2008, e prémio AICA-Associação Internacional dos Críticos de Arte, em 1992. Foi distinguido com os prémios Secil, em 1994, pela Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, e, em 1998, Valmor e FAD, pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares - Expo’98. “Piranesi Prix de Rome”, em 2010, pela musealização da área arqueológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge. Nomeado para o prémio europeu de arquitectura “Mies van der Rohe” em 1990, 1992, 1994, 2009, 2010 e 2011.

Livros Relacionados

João Mendes Ribeiro

João Mendes Ribeiro nasceu em Coimbra em 1960. Licenciou-se em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em 1986. É doutorado pela Universidade de Coimbra, desde 2009, onde é Professor Associado do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia.
Recebeu diversos prémios e distinções como o Prémio FAD 2004 e 2016; Prémio Diogo de Castilho 2003, 2007, 2011 e 2017; Gold Medal for Best Stage Design, Quadrienal de Praga, 2007; Prémio Enor 2009; Prémio BIAU 2012 e 2016; RIBA Award for International Excellence 2016; Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2017; Prémio BigMat 2017 e XII Prémio Secil de Arquitectura 2020.
Foi seleccionado para o European Union Prize for Contemporary Architecture – Mies Van Der Rohe Award 2001 e 2015 e para o DOMUS International Prize for Restoration and Preservation 2017 e finalista do RIBA International Prize 2016.
Em 2006, foi distinguido pela Presidência da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

Jorge de Alarcão

Jorge Alarcão nasceu em Coimbra em 1934. É licenciado em História e Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e pós-graduado em Arqueologia da Europa Ocidental pelo Instituto de Arqueologia da Universidade de Londres, onde recebeu o Prémio Gordon Childe. É Professor Catedrático aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Doutor em Pré-História e Arqueologia pela mesma Faculdade. É Doutor honoris causa pela Universidade de Santiago de Compostela e pela Universidade de Bordéus. É especialista de Arqueologia Clássica, co-director de escavações em Conimbriga e na Villa romana de São Cucufate (Vidigueira, Beja) e tem mais de duzentos trabalhos, de entre livros e artigos, acerca do domínio romano em Portugal — o que lhe mereceu, em 2003, o Prémio Genio Protector de la Colonia Augusta Emerita.

José Pedro Cortes

José Pedro Cortes nasceu no Porto. Em 2004, terminou o Master of Arts in Photography no Kent Institute of Art and Design, Inglaterra. Desde 2005 que expõe regularmente, tendo apresentado o seu trabalho em contextos de exposições nacionais e internacionais, nomeadamente no Centro de Fotografia (Porto, 2005), no Museu da Imagem (Braga, 2006), na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2007), no Centre Gulbenkian Paris (2012), no CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitectura (Guimarães, 2013), no CAV – Centro de Artes Visuais (Coimbra, 2013), no Museu de Serralves (Porto, 2014), no CGAC – Centro Galego de Arte Contemporánea (Santiago de Compostela, 2015), no Canadian Centre for Architecture, (2015, Toronto), no Deichtorhallen Hamburg (2012), no Museu da Electricidade (Lisboa, 2015) e MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (2018). Já publicou cinco livros: Silence (2005), Things Here and Things Still to Come (2011), Costa (2013), One's Own Arena (2015) e A Necessary Realism (2018), editados pela Pierre von Kleist Editions, de que é fundador e editor.

José Sarmento de Matos

José Sarmento de Matos nasceu em 1946. Olisipógrafo. Frequentou os cursos de História da Faculdade de Letras de Lisboa e de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa, e tem-se dedicado ao estudo da arquitectura civil palaciana da cidade de Lisboa. Nesta perspectiva, desenvolveu trabalhos sobre urbanismo e história geral da cidade. Tem várias obras publicadas sobre temáticas olisiponenses, como Uma Casa na Lapa (Quentzal, 1994) ou A Invenção de Lisboa (Temas e Debates, 2008 e 2009).

Livros Relacionados

Marcelo Mendes Pinto

Marcelo Mendes Pinto é licenciado em História-Variante Arqueologia e Mestre em Arqueologia pela Faculdade de Letras do Porto. Foi Professor Assistente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (Porto). Publicou Tesouros Monetários Baixo-Imperiais Entre Douro, Ave e Tâmega, A Villa Romana de Sendim e O Mosteiro de Pombeiro-Arqueologia, além de numerosos artigos e trabalhos em revistas científicas da especialidade. Como arqueólogo, dirigiu várias escavações, como as dos Castros de S. Domingos (Lousada), do Castro da Senhora Aparecida e do Castro do Monte do Senhor dos Perdidos (Felgueiras), da Villa Romana de Sendim (Felgueiras), das instalações mineiras romanas do Fojo das Pombas-Quinta da Ivanta (Valongo), do vicus romano de Meinêdo, do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (Felgueiras), das Termas Romanas de S. Pedro do Sul.

Nuno Valentim

Nuno Valentim (Porto, 1971) é licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, mestre em Reabilitação do Património Edificado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e doutor em Arquitectura pela FAUP, onde é docente desde 2005. De entre outras obras, é autor do projecto de reabilitação da Casa Andersen, no Jardim Botânico do Porto, da ampliação do Lycée Français do Porto, da reabilitação dos Albergues Nocturnos do Porto, do Centro de Imigrantes São Cirilo, no Porto, da reabilitação da Quinta do Bom Pastor para Sede da Conferência Episcopal Portuguesa, em Lisboa, da reconversão da Fábrica “Ideal do Arnado”, em Coimbra, e do projecto de reabilitação e modernização do Mercado do Bolhão. Recebeu diversos prémios como o International Architectural Award do Chicago Athenaeum Centre for Architecture Art Design and Urban Studies 2019, o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2019, 2018, 2017, 2016, o Prémio IHRU/Nuno Teotónio Pereira 2017 e o Prémio João de Almada 2014.

Livros Relacionados

Livrarias

Imprensa

22 05 2021

Os romanos estão de volta a São Pedro do Sul

Uma campanha arqueológica e uma intervenção arquitectónica, um exigente “work in progress” que o fotógrafo José Pedro Cortes registou e o editor Nuno Miguel Borges acompanhou a par e passo.

Público 29 11 2019

Um livro que começa e acaba no Tejo

José Marmeleira

Em Terminal de Cruzeiros de Lisboa, encontramos António Júlio Duarte numa relação com a arquitectura e a cidade de Lisboa. Entre a ficção e a fidelidade ao objecto.

Jornal de Negócios 20 04 2019

Arquitectura com vista para o Tejo

Filipa Lino

"Terminal de Cruzeiros de Lisboa" é o primeiro livro de uma nova colecção sobre arquitectura portuguesa da autoria de Nuno Miguel Borges. O livro é bilingue - português e inglês - e terá distribuição internacional em livrarias de referência.

Observador 20 02 2019

O Terminal desde o começo

Vasco Rosa

Vasco Rosa escreve sobre o livro que ilustra a evolução do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, um documento historicamente relevante sobre um grande processo construtivo.